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| O lago funciona como um armazenador de água da chuva/Imagens: Divulgação |
Até bem pouco tempo, as referências principais do subúrbio de Winnenden, na Alemanha, eram uma fábrica abandonada e um massacre que vitimou 16 jovens em uma escola secundária. Recentemente, porém, um projeto que reestruturou o local faturou o prêmio Green Dot Awards, na categoria construção. Segundo os arquitetos, o local é “o bairro mais sustentável do mundo”.
A cidadezinha de Winnenden nunca teve muitos atrativos econômicos. A reviravolta começou quando a empresa de arquitetura Atelier Dreiseitl decidiu recuperar o solo da região, completamente contaminado pelos efluentes de uma antiga fábrica. O primeiro passo, assim, foi remediar e reciclar o solo e o concreto, para logo depois iniciar a criação de uma comunidade verde. O projeto, finalizado em 2011, deu tão certo que, além de conquistar o prêmio em fevereiro, todos as casas já foram vendidas.
Construção ambientalmente correta
As casas no local são energeticamente eficientes e foram construídas com tintas não tóxicas e madeira nativa. O exterior das residências é feito de granito reciclado, misturado com concreto permeável, tornando as habitações importantes para o equilíbrio ambiental de toda a cidade. As casas, vendidas a preços competitivos, possuem ainda jardins privados, terraços e jardins suspensos, embora na vizinhança também haja espaços públicos verdes.
O design do local ainda favorece caminhadas. Em cinco minutos andando, chega-se até a estação ferroviária e ao centro da cidade, e em dez é possível encontrar ao menos uma das nove escolas espalhadas na cidade. E não há um hospital que não se alcance em um raio de um quilômetro.
O lago, que dá uma beleza singular ao centro do bairro, funciona como um armazenador de água da chuva, contendo ainda um sistema acoplado que libera o excesso de água em um córrego adjacente. No bairro, as superfícies impermeáveis foram reduzidas de 95% para apenas 30%, permitindo a gestão eficaz da água e reduzindo ainda mais o risco de inundação, um antigo problema da região.
Fonte: EcoDesenvolvimento.org
